Estava eu em um belo dia da semana passada, navegando pela internet a procura de coisas interessantes em mp3 para poder escutar, queria algo novo ou não tão novo assim, mas que pelo menos me chamasse a atenção! No meio da busca me ocorreu uma mudança de direção. Troquei a idéia de baixar bandas novas por baixar grupos antigos me fazendo chegar a nomes como "Mother Love Bone", "Tool", os solos do Eddie Vedder e Jarvis Cocker (trabalhos novos de caras das antigas), "Temple of the Dog" e o mais "curioso" de todos, um show acústico do Chris Cornell.
Eu me refiro "curioso" a esse último pelo fato de tê-lo encontrado por um a caso em um blog português (se eu não me engane) e por ter me feito refletir sobre o que é hoje "o artista" Chris Cornell e o que era o "Soundgarden". Não sou um expert em carreira de ex-vocalistas de grandes bandas de rock, mas quem conhece e gosta dos trabalhos do"Soundgarden" percebe a diferença entre os dois momentos do cantor! Escutando ao acústico fica evidente que há algo de frágil na voz do Cornell.
O "Soundgarden" é uma daquelas bandas que nunca dependeria de um "boom" musical para poder se projetar no cenário mundial como foi com o grunge, por exemplo! É o tipo de banda que se enquadra no hall de grupos com grandes músicos que possuem uma química perfeita para compor e executar canções e ao mesmo tempo é o tipo de banda que termina sem um motivo convincente para os admiradores. Dentro do talento de cada um na banda o que mais me chamava (e chama) a atenção era a voz marcante de Cornell e a bateria mais do que presente do Matt Cameron (atual baterista do "Pearl Jam"). Os dois acompanhados pelo baixista Ben Shepherd e pelo guitarrista solo Kim Thayil fizeram discos memoráveis, sendo que os três últimos são os mais destacados justamente pelo alto grau de amadurecimento e talento em composições de canções de peso.
Os discos "Badmotorfinger", "Superunknow" e "Down on the Upside" mostram que o "Soundgarden" estava acima de qualquer rótulo e cenario musical. "Down on the Upside" é o melhor exemplo dos três citados. Nesse álbum, eles conseguiram soar distantes dos rótulos da época, fazendo um disco com peso e personalidade fugindo do que se esperava de uma banda de "grunge" lançando um cd no final da década de 90. É um álbum recheado de 16 canções que possuem o melhor da banda e do que foi influencia para ela. Músicas com mandolin e mandola em "TyCobb", riffs perfeitos em "Pretty Noose", "balada grunge" com "Zero Chance" (nessa qualquer banda de new-metal baixaria a cabeça), grunge (e por que não?) em "Blow up the Outside World" e "Overfloater" , hit em "Burden in my Hand", certo psicodelismo soturno em "Applebite", algum setentismo em "Tighter & Tighter", punk rock em "No Attention" e "An Unkind". É um álbum no qual os garotos de 14 a 18 anos de idade deveriam se apoiar no lugar dos discos do "Audioslave", que mostra um Cornell apenas com a metade do seu talento de cantor e compositor à mostra!
O grande problema é que para muitos que conhecem o "Audioslave" existe somente uma grande banda por trás desta que é a (ótima) "Rage Against the Machine" e um grande cantor que possui dois trabalhos solo (o ótimo "Euphoria Morning", de 1999 e o regular "Carry On" de 2007), quando na verdade a presença do "Soundgarden" é bem evidente! Há alguns meses atrás escutei um boato de que eles iriam se reunir com a formação original, fato que me deixaria muito contente como fã e muito aliviado em saber que outras pessoas que estão começando a escutar rock de qualidade agora, finalmente tomaria conhecimento da mesma!
Mas era só boato mesmo, para o bem ou para o mal!!!
Se você que leu o texto e não conhece a banda compre agora os cd's citados acima, pois ainda se encontram nas lojas daqui de SSA (se o logista não tiver no momento, exija dele), ou então recorra ao Soulseek imediatamente!!!!!!!!!!
Post. ao som de Soundgarden - "Down on the Upside" (CD)
segunda-feira, 28 de janeiro de 2008
sábado, 19 de janeiro de 2008
Bem sucedido!!!!!
O que uma banda pode fazer para ser bem sucedida?
Ter talento musical? Ter uma boa relação no meio musical e jornalístico? Assinar com uma grande gravadora e ter sinal livre para fazer o que quiser nos seus discos e se dar bem com isso? Sorte? Ou, ao assinar com uma major para viabilizar os seus projetos musicais se aproveita disso e comete "auto-insultos" como mudar o nome da banda, como supôs Damon Albarn, vocalista do Blur no ótimo DVD "Star Shaped" (ainda fácil de encontrar nas lojas daqui de Salvador)? Ou fazer um disco muito bom e manter um crescente amadurecimento artistico nos discos seguintes?
O Blur é um bom exemplo! Essa banda inglesa se consolidou no cenário musical com o excelente"Parklife", de 1994, vendendo cerca de 1 milhão de cópias só na Inglaterra! Eles ainda não tinham "acertado" com os dois discos anteriores, mas vingaram neste álbum que possui uma riqueza de sons antenados na época. "Parklife" aponta para muitos lados como a "dance rave" de "Girls & Boys", as bem-humoradas "Parklife" e "The Debt Collector", baladas como "To the End", rocks em "Bank Holiday" e "Trouble in The Massage Center", brithits destacáveis como "End of Century" e "Tracy Jacks" e flertes com o psicodelismo por todo o disco bem evidenciado em "Far Out". É realmente um "disco referencia" para quem não conhece a banda e um ótimo passa-tempo para quem gosta de britpop de qualidade!
E só bastaram cinco anos, ou dois discos depois deste para o Blur se mostrar como uma banda bem sucedida! O álbum intitulado "13", de 1999, mostra o grupo mais maduro com canções seguras e com o psicodelismo mais presente por todo o disco! O Blur apresenta músicas como "Tender", balada com um belo coral gospel que abre o disco, rocks com "B.L.U.R.E.M.I." e "Trimm Trabb", presença forte de britpop em "Bugman" e "Swamp Song", brithits infalíveis como "Coffee & TV" e "No Distance Left to Run" e a notável influência do psicodelismo presente em mais da metade do álbum, tendo destaques para "1992", "Battle" e "Caramel".
Escutando os dois CD's você percebe que o Blur permanece ali, intacto na sua essência, mostrando para o seu público o quanto ele cresceu ao longo do tempo e das turnês, se fazendo perceber com todo o seu talento e sua liberdade para apontar para qualquer lado musical, nos permitindo observar que a banda possui muitos dos atributos citados no início do texto, isso sem falar que seu vocalista é um dos artistas mais bem articulados da sua geração no cenário musical europeu e africano!
Muitas outras bandas seguem o Blur nesse aspecto, chegando até a castigar o fã mais paciente na demora do lançamento de um novo disco! Tomara que isso aconteça logo e com a sua formação original!
Pois bem, baixem os discos(nenhum deles se encontra em catálogo nacional), divirtam-se e comentem!!!!!!!!!!!!!!
Post. ao som de Blur - Parklife (CD)
Ter talento musical? Ter uma boa relação no meio musical e jornalístico? Assinar com uma grande gravadora e ter sinal livre para fazer o que quiser nos seus discos e se dar bem com isso? Sorte? Ou, ao assinar com uma major para viabilizar os seus projetos musicais se aproveita disso e comete "auto-insultos" como mudar o nome da banda, como supôs Damon Albarn, vocalista do Blur no ótimo DVD "Star Shaped" (ainda fácil de encontrar nas lojas daqui de Salvador)? Ou fazer um disco muito bom e manter um crescente amadurecimento artistico nos discos seguintes?
O Blur é um bom exemplo! Essa banda inglesa se consolidou no cenário musical com o excelente"Parklife", de 1994, vendendo cerca de 1 milhão de cópias só na Inglaterra! Eles ainda não tinham "acertado" com os dois discos anteriores, mas vingaram neste álbum que possui uma riqueza de sons antenados na época. "Parklife" aponta para muitos lados como a "dance rave" de "Girls & Boys", as bem-humoradas "Parklife" e "The Debt Collector", baladas como "To the End", rocks em "Bank Holiday" e "Trouble in The Massage Center", brithits destacáveis como "End of Century" e "Tracy Jacks" e flertes com o psicodelismo por todo o disco bem evidenciado em "Far Out". É realmente um "disco referencia" para quem não conhece a banda e um ótimo passa-tempo para quem gosta de britpop de qualidade!
E só bastaram cinco anos, ou dois discos depois deste para o Blur se mostrar como uma banda bem sucedida! O álbum intitulado "13", de 1999, mostra o grupo mais maduro com canções seguras e com o psicodelismo mais presente por todo o disco! O Blur apresenta músicas como "Tender", balada com um belo coral gospel que abre o disco, rocks com "B.L.U.R.E.M.I." e "Trimm Trabb", presença forte de britpop em "Bugman" e "Swamp Song", brithits infalíveis como "Coffee & TV" e "No Distance Left to Run" e a notável influência do psicodelismo presente em mais da metade do álbum, tendo destaques para "1992", "Battle" e "Caramel".
Escutando os dois CD's você percebe que o Blur permanece ali, intacto na sua essência, mostrando para o seu público o quanto ele cresceu ao longo do tempo e das turnês, se fazendo perceber com todo o seu talento e sua liberdade para apontar para qualquer lado musical, nos permitindo observar que a banda possui muitos dos atributos citados no início do texto, isso sem falar que seu vocalista é um dos artistas mais bem articulados da sua geração no cenário musical europeu e africano!
Muitas outras bandas seguem o Blur nesse aspecto, chegando até a castigar o fã mais paciente na demora do lançamento de um novo disco! Tomara que isso aconteça logo e com a sua formação original!
Pois bem, baixem os discos(nenhum deles se encontra em catálogo nacional), divirtam-se e comentem!!!!!!!!!!!!!!
Post. ao som de Blur - Parklife (CD)
segunda-feira, 14 de janeiro de 2008
A Doce Relação do Mp3 com o Disco
Tem coisa que é interessante. Hoje tirei o dia para caçar discos em vinil e percebi que o formato "antigo" de música que conhecemos (LP e CD) não está, ou não está começando a ficar ultrapassado e obsoleto. Comecei tudo pela "Mutantes", uma antiga loja de usados situada em uma das transversais da Carlos Gomes (uma avenida imensa para quem não conhece). Tinha em mente comprar somente LP's, coisas que eu ainda não tenho, ou difíceis de encontrar. Já ia saindo com os LP's em mãos quando vi o CD Mirror Ball, do Neil Young tendo como banda de apoio o Pearl Jam, é um disco de 1995, difícil de achar por não ter catálogo nacional e etc. e tal. Foi quando pensei comigo: "Cara, você baixou esse disco na net não tem pouco mais de um mês"!
Não deu outra. . . comprei o CD!!!!
Segui caminhando da metade da Carlos Gomes até a rua Da Ajuda onde encontrei mais alguns LP's na "Berinjela" e na "Ajuda 39", sendo esta, a última parada da caça aos vinis! Justamente nesta loja que me vi numa situação parecida como a do início, diante do vinil da Rita Lee, o "Fruto Proibido" (tudo bem, pode não ser tão raro assim), quando pensei novamente: "Velho, você baixou esse disco na net não tem pouco mais de uma semana"!
Não deu outra. . . comprei o LP!!!!
O interessante nisso tudo é que, por mais que se tenha facilidade ao acesso a canções via internet e toda a sua gratuidade, sempre haverá um formato no qual a música terá e que muitas pessoas estarão dispostas a ter além dos seus Ipod's.
Acho que baixar música não é crime e comprar discos também não é crime!
Acho que mp3, cd e lp se completam como softwares e hardwares!
Acho que o Arctic Monkeys e o Klaxons sabem muito bem disso!
E acho que este é um dos temas mais presentes e duradouros nas rodas de papo nos últimos tempos!!!
E um dos melhores!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!
Comentem.
Post. ao som de Rita Lee - Fruto Proibido (LP)
Não deu outra. . . comprei o CD!!!!
Segui caminhando da metade da Carlos Gomes até a rua Da Ajuda onde encontrei mais alguns LP's na "Berinjela" e na "Ajuda 39", sendo esta, a última parada da caça aos vinis! Justamente nesta loja que me vi numa situação parecida como a do início, diante do vinil da Rita Lee, o "Fruto Proibido" (tudo bem, pode não ser tão raro assim), quando pensei novamente: "Velho, você baixou esse disco na net não tem pouco mais de uma semana"!
Não deu outra. . . comprei o LP!!!!
O interessante nisso tudo é que, por mais que se tenha facilidade ao acesso a canções via internet e toda a sua gratuidade, sempre haverá um formato no qual a música terá e que muitas pessoas estarão dispostas a ter além dos seus Ipod's.
Acho que baixar música não é crime e comprar discos também não é crime!
Acho que mp3, cd e lp se completam como softwares e hardwares!
Acho que o Arctic Monkeys e o Klaxons sabem muito bem disso!
E acho que este é um dos temas mais presentes e duradouros nas rodas de papo nos últimos tempos!!!
E um dos melhores!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!
Comentem.
Post. ao som de Rita Lee - Fruto Proibido (LP)
domingo, 13 de janeiro de 2008
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